Os dados da Relação Anual de Informação Social (Rais), órgão do Ministério do Trabalho, revelam que as mulheres negras recebem menos que a metade do salário dos homens brancos em trabalhos formais. Enquanto a mulher negra ganha em média R$ 790, o homem branco ultrapassa os R$ 1,6 mil. O Rais também mostra a presença dessas mulheres nas vagas no mercado formal.
Para cada mulher negra no mercado formal, 15 mulheres brancas são empregadas. Em comparação com os homens, os números ficam mais expressivos – são 24 homens brancos empregados para cada mulher negra.
A presidente da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad), Creuza Maria Oliveira, acredita que as mulheres são privadas do ensino desde pequenas, no caso das famílias de baixa renda, e por isso começam o trabalho doméstico. Esse fator seria um agravante para a situação das mulheres negras.
“A porta de entrada para o mercado de trabalho, para as mulheres negras, é o trabalho doméstico. Essas mulheres começam a trabalhar ainda na infância, na adolescência, deixando para trás o estudo, por conta da pobreza e da necessidade. Elas acabam neste trabalho, que tem leis discriminadoras – os direitos trabalhistas não são iguais aos direitos de outros trabalhos.”
Para a Fenatrad, é preciso que o governo garanta políticas públicas que possibilitem a igualdade de gênero e raça dentro da sociedade. A Federação questiona desde o sistema de cotas aos programas de inclusão da mulher em espaços políticos.
De São Paulo, da Radioagência NP, Ana Maria Amorim.
17/08/09
Para cada mulher negra no mercado formal, 15 mulheres brancas são empregadas. Em comparação com os homens, os números ficam mais expressivos – são 24 homens brancos empregados para cada mulher negra.
A presidente da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad), Creuza Maria Oliveira, acredita que as mulheres são privadas do ensino desde pequenas, no caso das famílias de baixa renda, e por isso começam o trabalho doméstico. Esse fator seria um agravante para a situação das mulheres negras.
“A porta de entrada para o mercado de trabalho, para as mulheres negras, é o trabalho doméstico. Essas mulheres começam a trabalhar ainda na infância, na adolescência, deixando para trás o estudo, por conta da pobreza e da necessidade. Elas acabam neste trabalho, que tem leis discriminadoras – os direitos trabalhistas não são iguais aos direitos de outros trabalhos.”
Para a Fenatrad, é preciso que o governo garanta políticas públicas que possibilitem a igualdade de gênero e raça dentro da sociedade. A Federação questiona desde o sistema de cotas aos programas de inclusão da mulher em espaços políticos.
De São Paulo, da Radioagência NP, Ana Maria Amorim.
17/08/09
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